DIVERSAS CURIOSIDADES QUE VOCÊ SEMPRE QUIS SABER, MAS NÃO
TINHA ONDE PROCURAR.
Para algumas pessoas, estalar os dedos é uma atitude tão corriqueira quanto se espreguiçar, embora faça outras tantas morrerem de aflição. Quem cultiva o hábito sempre ouve de avós e afins que a mania faz mal às articulações. Mas será que faz mesmo?
Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, pode fazer mal se as articulações forem estaladas sem parar, por exemplo, quando a pessoa possui um tique nervoso, por manifestação de Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ou de estados demenciais.
"Há referências na literatura de pessoas que acabam tendo lesões nesses casos", explica o ortopedista Rames Mattar Junior, especialista em cirurgia da mão do Hospital Israelita Albert Einstein e professor da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).
Mas o cirurgião esclarece que é difícil saber se o dano ocorre pelo estalar os dedos, em si, ou pelo fato de que essas pessoas apertam tanto os dedos a ponto de provocar traumas. Ou seja: não dá para comprovar o nexo causal.
Um trabalho científico publicado em 1975, no "The Wertern Journal of Medicine", falou em associar o hábito de estalar os dedos a uma incidência mais alta de problemas degenerativos, como artrose. Mas apenas 28 idosos participaram do estudo.
Outra pesquisa, publicada em 1990 no "Annals of the Rheumatic Diseases", avaliou 300 pessoas e também não encontrou alterações degenerativas entre cultivadores do hábito, embora os "estaladores" apresentem maior incidência de inchaço nas mãos e redução na capacidade de preensão, provavelmente devido a uma frouxidão nos ligamentos.
Por essas e outras análises, pode dizer para sua avó que nenhum estudo científico prova que estalar os dedos faz mal às articulações. E mais: muita gente até se sente revigorado depois de uma sessão de quiropraxia, que garante vários estalos desse tipo no corpo inteiro.
Só fique atento à repetição do comportamento, essa é a orientação que Mattar e outros ortopedistas costumam dar quando questionados pelos pacientes.
O médico do Einstein lembra que a mania é comum entre adolescentes, que têm articulações mais elásticas. "Se você pedir para uma pessoa mais idosa provocar o ruído, provavelmente ela não vai conseguir", ressalta o médico, lembrando que a rigidez vai aumentando com o tempo.
Mas, afinal, o que exatamente provoca o estalido ao puxar ou apertar os dedos? Em primeiro lugar, saiba que entre um osso e outro da mão ou de qualquer outra parte do corpo existe uma cápsula (um globo de tecido, que conhecemos como articulação) que contém um líquido em seu interior, chamado sinovial. Toda essa estrutura é reforçada pelos ligamentos.
"Puxar os dedos gera uma espécie de vácuo intra-articular que faz o líquido sinovial se movimentar com violência, daí o ruído", descreve o ortopedista Nelson Trombini, do Hospital São Luiz Jabaquara. Essas bolhas no fluido das articulações, portanto, são a origem do estalido, um processo chamado de "cavitação".
"Outro tipo de ruído ocorre quando dobramos uma articulação", diferencia Trombini. Sabe aquele "cleck" que nos faz lembrar que estamos ficando enferrujados? "Nesse caso, o estalido se deve ao atrito entre as cartilagens dos ossos, ou então ao contato do tendão com alguma saliência óssea", avisa o médico.
Esse ruído, mais conhecido como "crepitação", em geral vem acompanhado de dor. E, segundo os médicos, pode ser sinal de algum problema, como artrose, ou resultar em algum "pepino", como a tendinite.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/
Em geral, ficamos com marcas roxas, ou hematomas, depois de sofrer algum tipo de trauma, como uma pancada, que faz alguns vasos se romperem e o sangue vazar para o tecido mole que existe embaixo da pele. Isso também é comum após a coleta de sangue, quando um pouco do líquido sai para fora pelo pequeno furo feito pela agulha na veia.
Mas por que a mancha fica roxa, se o sangue é vermelho? De fato, a hemoglobina é uma proteína que confere essa cor ao sangue. Enquanto corre em direção aos órgãos, cheio de oxigênio para alimentá-los, o sangue é vermelho vivo. Já quando volta, sem o alimento vital, ele fica mais escuro. É por isso que as veias do seu pulso parecem azuladas.
Quem é desastrado e está sempre esbarrando pelos móveis da casa sabe que um hematoma pode ser um verdadeiro arco-íris. Inicialmente a mancha fica vermelha e, logo depois, roxa (podendo ser chamada também de equimose). Depois de alguns dias ou semanas, conforme o organismo consegue ir reabsorvendo o sangue que ficou parado ali, o hematoma ganha um tom amarelado e esverdeado até sumir. Dependendo do tamanho e do local da lesão, o roxo também pode descer, com a ação da gravidade.
Além da típica mudança de cor na pele, os hematomas costumam provocar dor. É que, quando as células vermelhas do sangue são liberadas na lesão, emitem um sinal para o corpo enviar células brancas para o local, que são como paramédicos e geram substâncias que provocam inflamação.
Idosos e crianças são mais propensos a ter roxos porque têm vasos mais finos e delicados. Quem faz uso de medicamentos anticoagulantes também tem uma tendência maior a sangramentos, e por isso costuma ter mais hematomas.
Casais entusiasmados também podem adquirir hematomas com alguma frequência, especialmente no pescoço, o que costuma gerar constrangimento. E quando o trauma ocorre na região dos olhos, uma área bastante sensível e com a pele mais frouxa, o aspecto pode ficar bem desagradável.
"É preciso mencionar que isso não acontece só na pele; você pode ferir um osso, o fígado ou mesmo o cérebro. O mecanismo é o mesmo - um trauma faz o sangue vazar para o tecido de um desses órgãos, mas nesses casos o problema pode ser mais sério", explica o pediatra norte-americano Rob Lamberts. Dependendo do local onde estão, os hematomas ganham nomes específicos, como por exemplo "epidural" (entre o revestimento externo do cérebro e o crânio).
Quando se preocupar?
Todo mundo tem um ou outro hematoma subcutâneo de vez em quando. Em geral, aplicar gelo ou compressa fria logo após o trauma pode ajudar. Cremes ou pomadas específicos podem ser usados para acelerar um pouco o processo de reabsorção, mas só devem ser usados com orientação médica.
Já em caso de pancadas mais fortes, ou se o hematoma acompanhar febre ou mal-estar, vale a pena consultar um médico para checar se a lesão não atingiu algum órgão interno. Ou, pelo menos, pegar uma receita de remédio para aliviar a dor. É importante evitar a expor as marcas roxas ao sol, para minimizar o risco de manchas na pele.
Também é fundamental marcar uma consulta se os hematomas aparecerem com frequência e sem motivo aparente, como alerta a hematologista Christiane Gouvea, do Fleury Medicina e Saúde. "Os hematomas não relacionados a lesões, ou em locais em que não costumamos nos machucar, como as costas ou a barriga, podem indicar problemas de coagulação do sangue (doenças hemorrágicas como hemofilia ou problemas plaquetários)", explica a médica, referindo-se a alterações na quantidade de plaquetas (trombócitos) do sangue - células formadas na medula óssea - que podem ter como origem uma série de doenças.
"Nesses casos, a pessoa deve procurar um clínico geral ou um hematologista para fazer exames e investigar a causa dos hematomas. E nunca, em hipótese alguma, deve se automedicar, pois isso pode piorar o sangramento e gerar hemorragia em outros órgãos", completa a especialista.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/
Frutas são gostosas e fazem bem à saúde, mas é preciso ter tempo para ir ao mercado, escolher as melhores, e ainda higienizá-las e cortá-las. Hoje é possível encontrar versões descascadas e embaladas no supermercado por preços acessíveis, e muitas empresas entregam frutas frescas e picadas diariamente na casa ou no trabalho dos clientes. A pergunta é: essa facilidade traz algum prejuízo em termos nutricionais?
A casca das frutas funciona como uma barreira de proteção. Ao entrar em contato direto com o oxigênio e sofrer variações de temperatura, a polpa sofre modificações. A maçã e a banana escurecem bastante, por exemplo. E alguns nutrientes podem se deteriorar, como a vitamina C --quanto maior o tempo em contato com o ambiente, maior a perda.
Para evitar mudanças significativas no valor nutricional das frutas, alguns fabricantes têm investido em embalagens mais resistentes, que deixam o mínimo de ar possível em contato com o alimento, e mantêm a refrigeração controlada, o que aumenta o tempo útil dos produtos para até cinco dias.
Já as frutas descascadas e picadas que são vendidas em potes também devem ficar na geladeira até o momento do consumo, mas a validade não costuma passar de 24 horas.
"As frutas descascadas trazem mais vantagem do que desvantagem. Só a praticidade e a possibilidade de aumentar o consumo de frutas ao longo do dia, a fim de substituir lanches rápidos nada saudáveis, como coxinhas fritas e salgadinhos de pacote, já fazem valer a pena", afirma Alyne Santim, nutricionista da Clínica Liliane Oppermann, em São Paulo.
A profissional garante que se o prazo de validade for respeitado e não houver exposição à luz e ao calor, não há perda nutricional significativa.
Comprar frutas descascadas no pote ou na bandeja só traz uma desvantagem, mesmo, para o meio ambiente: plástico e isopor demoram para se decompor na natureza, ao contrário das cascas.
Vale lembrar que a embalagem natural das frutas costuma concentrar muitos nutrientes, por isso deve ser utilizada sempre que possível. A casca do abacaxi, por exemplo, é até mais rica em bromelina - uma enzima excelente para a digestão - do que a polpa, por isso pode ser fervida e transformada em suco.
A casca do limão não apenas é nutritiva, como também pode dar um sabor especial a sobremesas e saladas de frutas. A da banana verde ajuda diabéticos a manter a glicose estável. E a da maçã é tão rica em fibras e antioxidantes que é usada pela indústria para adicionar nutrientes aos produtos. Só lembre de higienizar bem antes de consumir cascas in natura.
Frutas secas e desidratadas também são uma opção interessante para o lanche. O ressecamento sob o sol ou pelo processo de liofilização, que é feito em câmeras a vácuo, mantêm o sabor, as fibras e boa parte dos nutrientes. E como há maior concentração de frutose, elas são substitutos saudáveis para os doces. Mas é preciso prestar atenção nas calorias, pois comer três bananas passas é bem mais fácil do que três unidades da fruta fresca.
O fato de a vitamina C ser muito sensível a variações de temperatura e ao oxigênio é o que faz os especialistas recomendarem, com frequência, que as pessoas consumam sucos feitos na hora.
Mas não tem problema deixar a laranjada algum tempo na geladeira antes de servir. Pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), no Rio de Janeiro, analisaram uma amostra de suco de laranja logo após a fruta ser espremida e repetiram a medição depois de algumas horas.
Em 100 miligramas de suco recém-preparado, os pesquisadores encontraram 33 miligramas de vitamina C. Depois de duas horas, o teor caiu para 28 miligramas e, quatro horas depois, para 25 miligramas. Ou seja: cerca de 75% da vitamina permanecem no líquido, o que é um saldo positivo.
Sucos de laranja industrializados em geral são acrescidos de vitamina C e vêm em embalagens que ajudam a conservá-la, por isso também podem ser considerados nutritivos, tenham sabor um pouco diferente. Uma pesquisa feita pela Proteste, em 2011, com dez marcas diferentes, confirmou que a maioria tem teores da vitamina satisfatórios. Mas muitos produtos contêm açúcar, por isso exigem moderação.
A vitamina C, por sinal, é ótima para evitar que frutas como maçã, pera e banana escureçam rápido depois de descascadas. Não é à toa que o ingrediente está no rótulo das papinhas de frutas para bebê. Para reproduzir o efeito nas porções que você leva para o trabalho, a dica é mergulhar os pedaços em suco de laranja ou de limão antes de colocar no pote.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/
Bonobo macho Jack corteja a fêmea Susi no parque Nacional Salonga, na República Democrática do Congo, na África
Muita gente supõe que os seres humanos são os únicos animais que obtêm prazer do sexo e, como consequência, os únicos a praticar a masturbação. Estudos observacionais mostram, no entanto, que a prática é bem comum, e não apenas entre os primatas, nossos "primos" na árvore evolutiva. Muitos mamíferos estimulam cultivam o hábito, inclusive quando têm parceiros disponíveis para o acasalamento. E a lista vai além, incluindo pássaros e até esquilos.
Encontrar um macaco esfregando os genitais em algum tronco no zoológico não é algo exatamente agradável, mas pode trazer algumas constatações interessantes sobre os animais e até sobre nossa própria espécie. "Muitos primatas se masturbam, principalmente os machos", conta o primatólogo Frans de Waal, da Universidade Emory, nos Estados Unidos. "Mas eu sempre achei que o fato de as fêmeas de chimpanzés e bonobos se masturbarem um ótimo argumento contra a ideia de que as fêmeas da espécie humana seriam as únicas a ter orgasmo. Se não houvesse prazer associado, elas não teriam motivo para fazer isso", completa o estudioso, autor de "Eu, primata - Por que somos como somos" (Ed. Companhia das Letras).
Bonobos
De Waal diz não conhecer nenhum estudo científico específico sobre o tema, assim como a primatóloga brasileira Cristina Santos, ex-professora da Universidade Federal de Santa Catarina. Em 14 anos de trabalho com saguis, macacos-pregos, muriquis e micos-leões, ela nunca observou nada parecido com a masturbação entre essas espécies. Mas ela pondera que animais isolados em cativeiro podem adquirir manias, como a de tocar o próprio genital ou coçar a cabeça o tempo todo.
A primatóloga, contudo, não ficaria surpresa se pegasse um bonobo no flagra. Essa sub-espécie de chimpanzé da África é, digamos assim, incansável. O fato de esses bichos terem relações várias vezes ao dia permitiu que cientistas como De Waal pudessem estudar à vontade seu comportamento sexual. E eles descobriram que os bonobos fazem sexo pelos mais diferentes motivos: para se cumprimentar, para estreitar laços e até para se reconciliar depois de uma briga (você se identificou?).
O etólogo (estudioso do comportamento animal) Jonathan Balcombe, autor do livro "The exultant ark - A pictorial tour of animal pleasure" ("A arca exultante - Um passeio pictórico pelo prazer animal", em tradução livre), também ressalta que a presença do clitóris em muitos mamíferos é uma evidência de que "as" primatas têm orgasmo. Segundo ele, é comum encontrar bonobos fêmeas esfregando o genital uma na outra. Depois de alguns segundos, elas gritam e ficam com a estrutura ingurgitada, ou seja, com volume aumentado pelo fluxo de sangue.
Cães e cavalos
Se um riso malicioso é uma reação frequente ao se usar o termo "sexo animal", comportamentos como masturbação e ereção espontânea nos animais domésticos costumam gerar mais constrangimento. Não faltam consultas a especialistas com o objetivo de acabar com o hábito impróprio que alguns cachorros têm de atacar as pernas das visitas, ou de sujar as almofadas da sala. Assim como eles, os gatos também gostam de praticar a autofelação, ou seja, lambem os próprios genitais.
Segundo o site da Sociedade Americana Para a Prevenção da Crueldade Contra Animais (ASPCA, em inglês), atos desse tipo devem ser encarados com naturalidade, assim como o montar dos animais em outros - uma forma de se mostrarem donos do território ou, simplesmente, um treino para não perder a capacidade. Mas, em muitos casos, a masturbação de cães e gatos pode se tornar compulsiva, em resposta ao estresse, e nesse caso a entidade sugere que se busque, mesmo, a orientação de um profissional especializado em comportamento animal.
Vale mencionar um trabalho da Faculdade de Veterinária da Universidade da Pennsylvania, que trata de ereções periódicas e movimentos penianos dos cavalos e de outros equídeos. Os pesquisadores, no estudo, comentam que isso costuma ser encarado como aberração e que os animais são impedidos pelos criadores de executá-los. O resultado? Os bichos reagem com aumento da frequência ou distúrbios no comportamento reprodutivo.
Um dos primeiros pesquisadores a mencionar a masturbação animal na literatura científica foi o sexólogo Havelock Ellis. Em 1927, ele publicou seus "Estudos Sobre a Psicologia do Sexo", no qual documentava a prática de autoerotismo entre bois, cabras, carneiros, furões, camelos, elefantes e até hienas. Ele já observava que muitos desses bichos se esfregam em pedras ou outros objetos para, supostamente, obter prazer, enquanto outros chegam a praticar a masturbação mútua, lambendo os genitais um do outro.
Outro etólogo, Bruce Bagemihl, autor de "Biological exuberance - Animal Homosexuality and Natural Diversity" ("Exuberância biológica - Homossexualidade animal e diversidade natural", em tradução livre), ainda cita leões, morcegos, morsas e golfinhos. Outros estudiosos também já mencionaram o fato de esses cetáceos praticarem a masturbação com enguias enroladas ao pênis. Também há registros de tartarugas e porcos-espinhos esfregando os genitais em objetos e de pássaros que tentam copular com montes de grama ou de terra.
Até esquilos
Ainda não se convenceu? Então pense que talvez exista um motivo nobre por trás da masturbação, algo que explique a vantagem desse comportamento no contexto da evolução. A zoóloga Jane Waterman, da Universidade da Flórida, nos EUA, é uma das cientistas que acredita nessa hipótese. Ela passou cerca de 2.000 horas observando esquilos selvagens, na Naníbia, e viu com os próprios olhos como esses animais fofinhos praticam autofelação e se masturbam com as patas dianteiras.
Em um artigo publicado no periódico PLoS ONE, Waterman explica que muitos pesquisadores acham que a masturbação não tem nenhuma função adaptativa - é somente um efeito colateral da intensa excitação gerada pelo constante acasalamento. Outros defendem que a prática ajuda a limpar os testículos dos machos, tornando os novos espermatozoides mais "eficientes" para a fecundação.
Segundo as observações da pesquisadora, os esquilos machos se masturbam com maior frequência quando as fêmeas estão prontas para acasalar. Os dominantes do grupo são muito mais propensos a conseguir o feito do que os subordinados, e, por incrível que pareça, eles também são os que mais praticam a masturbação.
Outro fato curioso é que os esquilos se estimulam depois de copular, e não antes, o que derruba a tese de que o ato teria a função de melhorar a qualidade das células reprodutivas. Muitos seres humanos, inclusive, tendem a se masturbar mais nas fases em que estão mais ativos sexualmente.
Juntando todas as informações, Waterman aposta em uma terceira possível explicação para o autoerotismo: a prática seria uma forma de "limpar" os genitais após as relações e, assim, prevenir doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Experimentos com ratos já provaram que isso funciona.
Humanos costumam ter vontade de fazer xixi depois de transar (talvez pelo mesmo motivo), mas os esquilos, que são programados para guardar água por mais tempo na savana, usariam a masturbação para fazer a faxina.
Embora estudos nesse campo despertem a curiosidade das pessoas, é preciso lembrar que, infelizmente, ninguém pode ter certeza do que sentem os animais, já que nenhum deles até hoje sentou para dar um depoimento.
Quem sabe no futuro os neurocientistas poderão entender, com ajuda de exames de imagem, o que acontece no cérebro dos bichos durante essas práticas que chamamos de masturbação. Só então será possível saber se as sensações são semelhantes às nossas. Difícil vai ser fazê-los simular o comportamento no laboratório, dentro de um aparelho de ressonância magnética, como muitos humanos já toparam fazer em prol da ciência.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/
A pergunta já deixou muito cientista de cabelo em pé: por que nos seres humanos, ao longo da evolução, a maior parte dos pelos do corpo permaneceu em certos lugares, como cabeça, tórax (no caso dos homens), axilas e partes íntimas?
"O crescimento capilar nos humanos é reduzido, comparado com o de outros mamíferos, de tal forma que somos chamados de macacos nus'", comenta a dermatologista Tatiana Steiner, assessora do departamento de cabelos e unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Como e quando, exatamente, nossos ancestrais começaram a perder pelos em certas partes do corpo ainda é algo em estudo. Mas, segundo as teorias mais recentes dos biólogos evolucionistas, o principal culpado foi uma forte mudança climática, há cerca de 3 milhões de anos.
No livro "Apes and Human Evolution" (Macacos e evolução humana, em tradução livre), lançado no ano passado (ainda sem lançamento no Brasil), o professor de antropologia Russell Tuttle, da Universidade de Chicago (EUA), conta que o resfriamento global secou as florestas da África Central, onde viviam os primeiros hominídeos, transformando tudo em grandes pastagens. A penugem farta, que servia de proteção para coletar frutas, sementes e tubérculos no meio de troncos e árvores, deixou de ter serventia.
Além disso, no calor da savana, sair para caçar com todos aqueles pelos passou a se tornar um fardo. Só quem tinha uma cobertura menor conseguia ir atrás de carne durante o dia, enquanto outros predadores descansavam na sombra.
Sem se aprofundar nas teorias evolucionistas, a dermatologista concorda que o crescimento capilar tem importante função na termorregulação. Em outras palavras, corpos "despelados" que suam são mais eficientes para deixar o calor sair do que animais com pelos fartos, que não usam roupas. Então por que certas partes continuaram cabeludas no ser humano?
"O cabelo também funciona como uma barreira física (protetora) e tem participação na comunicação sexual e social", explica Steiner. Ou seja: os cílios protegem os olhos de boa parte da poeira, enquanto as sobrancelhas contêm o suor que escorre pela testa e o cabelo oferece certa proteção contra a incidência direta do sol.
E os malditos pelos que teimam em crescer nas axilas, no tórax e na virilha, fazendo tanta gente (inclusive homens) recorrerem à lâmina, cera ou laser? É onde o sexo entra na história. "O aparecimento dos pelos pubianos e nas axilas são sinais da puberdade em ambos os sexos, e as glândulas anexas produzem secreção e odor específico relacionados com a resposta sexual", diz a dermatologista.
No caso da região genital, também existe a hipótese de que os pelos grossos tenham função protetora -- daí muita gente questionar se é bom, para as mulheres, deixar a região exposta. "É possível que, evolutivamente, com a tendência de as mulheres realizarem a depilação cada vez mais constante e de forma ampla, que esses pelos tendam a diminuir", imagina a médica, enfatizando que se trata apenas de uma suposição.
Os fios (pelos e cabelos) são derivados proteicos de folículos distribuídos por quase toda a superfície do corpo. Eles podem ser minúsculos e finos (lanugos) ou grossos e fortes (terminais), dependendo do local e da função.
No ser humano, as únicas partes sem pelos são as palmas das mãos, as plantas dos pés, os lábios, a glande e a haste do pênis, os leitos das unhas e as áreas laterais dos dedos das mãos e dos pés.
A ausência de pelos nessas partes do corpo provavelmente tem origem evolutiva -- o atrito constante provavelmente fez com que os folículos fossem sumindo nessas regiões --, embora não haja relatos científicos que discutam o assunto com muita profundidade.
Os hormônios andrógenos são os principais responsáveis pela regulação do crescimento capilar, embora outros, como o da tireoide e a prolactina, também tenham seu papel. É por isso que homens têm mais pelos, assim como mulheres com alterações na produção de hormônios.
"Em geral, em termos individuais, o número e a distribuição dos folículos pilosos são determinados geneticamente", relata a dermatologista Tatiana Steiner. Vale ressaltar que o homem possui uma pele mais grossa, oleosa e densa.
A embriogênese (processo pelo qual o embrião é formado e se desenvolve) é que determina o número total de folículos pilosos em cada indivíduo ao longo de sua vida. Em média, cada ser humano possui cerca de 2 milhões deles. "Uma falha pode levar a uma densidade anormalmente baixa na formação dos folículos pilosos de forma geral ou em regiões específicas do corpo", avisa Steiner.
No couro cabeludo, a quantidade de folículos pilosos é de cerca de 100 mil a 150 mil fios, que seguem um ciclo de renovação no qual aproximadamente de 70 a cem fios caiam por dia para mais tarde darem origem a novos pelos.
Número estimado de folículos pilosos na pele por região do corpo:
Couro cabeludo: 1 milhão
Tronco: 425 mil
Braços: 220 mil
Pernas: 370 mil
Total aproximado: 2 milhões
Esse ciclo de renovação apresenta três fases: a anágena (ou fase de crescimento), que dura cerca de dois a cinco anos; a catágena (fase de interrupção do crescimento), que dura cerca de três semanas; e a telógena (de queda), que dura cerca de três a quatro meses.
Se genes e hormônios determinam o surgimento e os ciclos dos fios, também são esses os dois principais fatores que predispõem os indivíduos -- em especial do sexo masculino -- à calvície. Entretanto alguns vícios típicos dos humanos modernos, como estresse, falta de sono e excesso de produtos químicos, vieram agravar o problema. E, enquanto uns sofrem com pelos em excesso no rosto ou na virilha, outros fariam qualquer coisa para não ter o couro cabeludo tão exposto.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/
Basta o frio dar as caras para os espirros aparecerem. E eles quase nunca vêm sozinhos - um incentiva outro e o ataque também costuma vir acompanhado de fungadas e lágrimas. Muita gente logo pensa que ficou gripada, enquanto outra parcela atribui o fenômeno à rinite alérgica.
Frio repentino, assim como luminosidade intensa, poeira, vírus e bactérias são encarados como agressões. E os espirros são como reflexos que ajudam a proteger o organismo. "As terminações nervosas do nariz são sensíveis a mudanças bruscas de temperatura", explica o otorrinolaringologista Fernando Pochini Sobrinho, do Hospital São Luiz Morumbi.
O médico conta que o nariz e os seios nasais são protegidos internamente por uma camada de muco que está em constante movimento. Esse material vai sendo levado para o estômago, o que faz com que boa parte dos micro-organismos que aspiramos não fiquem depositados na mucosa - um mecanismo de defesa muito avançado, segundo o especialista.
As células de defesa criam uma espécie de memória diante da agressão e, assim que o estímulo ocorre, os músculos da face e do aparelho respiratório se contraem bruscamente, mandando um jato de ar pelo nariz e pela boca que, segundo estimativas, podem chegar a 160 quilômetros por hora. É difícil resistir ao impulso, e praticamente impossível manter os olhos abertos nessa hora.
Cada espirro pode colocar mais de 100 mil germes para fora. Mas, quando o ataque de vírus e bactérias é poderoso demais, o "fundo da piscina" pode ser atingido. E o organismo precisa requisitar um exército maior para combater a invasão. Além de coceira e espirros, o muco fica mais intenso e ocorre a congestão nasal, pelo inchaço das mucosas. Em muitos casos, aparece também a febre. Todos esses sintomas, como diz Sobrinho, ajudam a distinguir infecções de reações alérgicas.
Algumas pessoas costumam ser mais sensíveis a mudanças bruscas de temperatura e sofrem mais quando esfria ou quando esquenta demais e as pessoas exageram no ar-condicionado. "Evitar o choque térmico ajuda a evitar espirros", recomenda o médico. Ou seja: evitar sair de ambientes muito aquecidos para a rua sem se agasalhar direito.
Buscar um diagnóstico correto é importante para evitar quadros crônicos, já que certas pessoas têm alergia a determinadas substâncias, como o ácaro, por exemplo, ou ficam com uma concentração maior de muco nos seios nasais devido a sinusites agudas que não foram tratadas adequadamente.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/
Existem indícios de que a humanidade convive com cálculos urinários, também conhecidos como cálculos renais ou pedras nos rins, desde a antiguidade. Mas hábitos alimentares incorretos têm tornado o problema cada vez mais frequente na população.
"A quantidade de pessoas com cálculos renais vem aumentando ao longo dos anos, chegando a afetar 1 em cada 11 pessoas", explica Alexandre Danilovic, urologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo).
Os maiores vilões, segundo ele, são os alimentos calóricos e com excesso de sal, além da baixa ingestão de líquido e falta de exercícios físicos. Ficar sem se hidratar é arriscado para quem tem casos de pedras nos rins na família ou já enfrentou o problema: "Um estudo mostrou que se a população francesa consumisse 2 litros de água por dia por pessoa, o gasto com tratamento de problemas relacionados a pedras nos rins cairia pela metade", conta Danilovic. Mas saiba que consumir quantidades absurdas de líquido também não é bom.
"Os cálculos são minerais formados na urina com tamanhos que variam de milímetros até preencher todo o interior do rim, quando são chamados de coraliformes (pois têm formato que lembra o de um coral)", descreve o médico.
São vários os elementos minerais que podem se acumular nos rins para formar uma pedra, mas 80% dos cálculos são de cálcio. Isso significa que é preciso diminuir o consumo de lácteos, por exemplo? Nada disso. "Na verdade, uma dieta equilibrada em cálcio e com pouco sal é mais eficaz em prevenir cálculos de cálcio do que uma dieta pobre no mineral", comenta o urologista. Ou seja: a melhor medida de prevenção é evitar salgadinhos, congelados e molhos prontos.
Os cálculos renais também podem ser resultado do acúmulo de ácido úrico ou de infecções frequentes. Ou, ainda, podem ser consequências de algumas doenças hereditárias raras.
Exames de urina e também de sangue podem apontar as causas específicas da formação de cálculos e assim ajudar na prevenção. "O tratamento preventivo reduz em 50% a chance de um novo cálculo", avisa Danilovic.
Há referências da presença de cálculos em múmias do Antigo Egito, mas os escritos mais antigos sobre o tema de que se tem notícia são de Hipócrates. O chamado "pai da medicina", que viveu na Grécia Antiga, formulou uma teoria sobre a formação de cálculos e escreveu sobre o exame de urina para auxiliar no diagnóstico.
"Hipócrates instruiu que médicos generalistas deveriam deixar o tratamento cirúrgico de cálculos para aqueles dedicados a isso", diz Danilovic.
Em geral, cálculos de até 4 mm têm 90% de chance de eliminação espontânea com o consumo aumentado de líquidos. Mas se as pedras crescerem muito ou estiverem em uma região do ureter (canal que liga os rins à bexiga) que obstrui a passagem da urina, é preciso intervir.
Quando os cálculos bloqueiam as vias urinárias, a urina reflui para os tubos do interior do rim, produzindo uma pressão que pode dilatar o órgão e até lesioná-lo. A dor que isso provoca é tão forte que pode vir acompanhada de náuseas e vômitos - só quem teve sabe.
"Atualmente, as cirurgias endoscópicas (através das vias urinárias) são as mais indicadas. Quando a pedra está no rim, pode-se usar um aparelho flexível com microcâmera para pulverizar a pedra com laser. Esse tratamento é mais eficaz que usar máquinas de litotripsia extracorpórea", opina o médico.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/
Dentro da barriga, a partir das 18 ou 20 semanas de gravidez, eles parecem verdadeiros artilheiros. Depois que nascem, a mania de chutar continua a mil quando estão acordados, ora com as duas pernas ao mesmo tempo, ora como se estivessem pedalando. Antes de concluir que a criança vai mandar bem no futebol, pais de primeira viagem devem saber que esses movimentos são involuntários e fazem parte do desenvolvimento neuromotor do bebês.
Tanto a movimentação antes de nascer quanto os típicos dos primeiros meses de vida são atos reflexos, de acordo com o neuropediatra Paulo Breinis, professor da Faculdade de Medicina do ABC e médico do Hospital São Luiz Jabaquara. "É como quando alguém coloca o dedo na boca do recém-nascido e ele começa a sugar", explica.
O desenvolvimento dos bebês depende do processo de maturação do sistema nervoso central, que é muito rápido antes do nascimento e no primeiro ano de vida. Aos poucos, as células nervosas formam sinapses, ampliando a comunicação entre elas, e muitas delas ganham uma capa protetora de mielina (substância gordurosa), o que torna a condução dos impulsos nervosos mais eficiente.
Quando estão dentro da barriga da mãe, os fetos inicialmente têm bastante espaço para se movimentar. Só depois de um tempo (entre o quarto e o quinto mês de gestação) é que a mãe começa a sentir a farra lá dentro, que parece uma borboleta batendo asas. Conforme o espaço diminui, os chutes ficam mais explícitos para a grávida, chegando até a incomodar de vez em quando. Pouco antes do parto, o mexe-remexe diminui. Qualquer mudança brusca de padrão deve ser comunicada ao médico.
Nos primeiros meses, a mania de esticar e dobrar as perninhas o tempo todo pode ser comparada, segundo o neuropediatra, aos chamados reflexos primitivos, que os médicos costumam testar nas primeiras consultas de rotina. Um deles é o de busca: ao tocar a bochecha, a cabeça vira em direção ao estímulo e a boca se abre, pronta para sugar.
Outro é o da marcha: ao segurá-lo em pé, pressionando uma sola de cada vez na superfície, ele se movimenta como estivesse andando, o que costuma deixar os pais boquiabertos. Como o reflexo da preensão, que faz o bebê agarrar com força um dedo que lhe toca a palma da mão, esses comportamentos do recém-nascido duram poucas semanas.
O reflexo de Moro é outro exemplo que quem teve filhos recentemente se lembra bem: quando o bebê se sente em perigo, como diante de um movimento inesperado, ele estica as pernas e abre os braços como se estivesse pedindo um abraço.
"Todos esses reflexos vão desaparecendo ao longo dos primeiros meses", comenta Breinis. Conforme o córtex cerebral se desenvolve, os movimentos deixam de ser involuntários e o bebê passa a assumir o comando. Daí em diante, o mais provável é que bater as perninhas na cama seja só uma forma de se divertir. E se os pais gostarem da brincadeira, aí é que o pequeno vai se animar pra valer.
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Ainda não existe nenhum estudo que comprove qual animal faz mais sexo, mas existem alguns que merecem destaque. Se você pensou no coelho, pense de novo. Ele nem entra na lista dos mamíferos que mais copulam, já o rei da selva está entre eles. Durante o período fértil das leoas, que dura pelo menos três dias, a atividade é intensa. Os animais podem copular a cada 15 minutos noite e dia, até a completa exaustão. Alguns especialistas garantem que os leões podem chegar a ter mais de 80 cópulas em um só dia.
Durante o cio da chimpanzé fêmea, cerca de sete dias, elas encontram vários parceiros sexuais e podem se dedicar a atividade até 10 vezes ao dia. A espécie também é adepta ao sexo grupal.
Já o pequeno marsupial (mesma classe dos cangurus) do gêneroAntechimus preza pela fidelidade, pelo menos por um dia. Apesar de o macho ter várias parceiras, sua ejaculação dura pelo menos três horas e ele fica preso à fêmea por até 12 horas para garantir que seu esperma fique dentro dela. O esforço do bichinho é tão grande que muitos machos acabam morrendo de tanto fazer sexo.
Já a virilidade do peixinho de aquárioGuppy é tanta que os aquaristas recomendam colocar pelo menos cinco fêmeas para cada macho no aquário. O macho da famíliaPoecilidae é capaz de copular cinco vezes por minuto.
Resposta fornecida pela bióloga Karlla Patrícia Silva, pesquisadora do Museu de Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro)e criadora do blog Diário de Biologia
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Um artigo publicado no site da revista Science mostra, pela primeira vez, evidências de que nosso cérebro é capaz de reconhecer nosso próprio cheiro em meio a tantos outros. A capacidade se deve ao encontro de um complexo de proteínas na superfície de quase todas as células do corpo.
Ela é similar à molécula usada por animais, como ratos e peixes, para escolher seus pares. Além disso, nós também podemos usá-las para diferenciar pessoas.
Cada um de nós possui uma combinação específica desse complexo, que permite ao sistema imunológico detectar que aquelas células são nossas e não de um ser nocivo a nosso corpo.
"Há regiões do cérebro que são acionadas apenas quando seu próprio grupo de moléculas MHC [Complexo principal de histocompatibilidade] é identificado", explica o biólogo do Instituto de Imunobiologia e Epigenética Max Planck, localizado em Fraiburgo, na Alemanha.
Em 1995, um estudo, que ficou conhecido como "estudo da camiseta suada", concluiu que mulheres preferem o cheiro de homens que têm genes de MHC diferentes dos delas.
Várias questões ainda precisam ser esclarecidas, como quais são os receptores presentes no nariz responsáveis pela identificação de nosso próprio cheiro.
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